sexta-feira, 22 de maio de 2009

O choro da criança ecoa pelo corredor estreito e mal iluminado
Atravessa as paredes finas e azuis dos apartamentos
Perturbando o sono de vidro daqueles que agonizam em seus leitos
Com braços furados de cima a baixo
Agulhas e fluidos que parecem rasgar cada pedaço de seus corpos
Pequenos anjos tão despreparados, com seus batimentos lentos e
uma interrogação no meio da testa.
-Precisamos de mais oxigênio aqui
Três batidas na porta e uma dose diária de sofrimento
fim de jogo.

2 comentários:

Renatha Benevides disse...

eu adoro esse!

Mayara Kiwi disse...

Eu não adoro esse. Escrevi no hospital e foi traumatico demais pra mim. meus braços doem quando lembro.